Transtorno de Déficit de Atenção (TDA)

O Transtorno de Déficit de Atenção (TDA), também conhecido como Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) quando inclui sintomas de hiperatividade, pode impactar, significativamente o desempenho escolar, as relações interpessoais e a vida profissional. 

No Brasil, a prevalência de TDAH é semelhante à relatada em todo o mundo, com 7,6% de crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, 5,2% de indivíduos entre 18 e 44 anos e 6,1% de indivíduos maiores de 44 anos apresentando sintomas de TDAH 9-13, conforme aponta relatório do Ministério da Saúde.

Abaixo, conheça as principais informações sobre a esta condição.

Nesta página, você vai saber:

O que é Transtorno de Déficit de Atenção?

O Transtorno de Déficit de Atenção (TDA), também conhecido como Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), é uma condição neuropsiquiátrica caracterizada por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade. É uma das desordens mais comuns diagnosticadas em crianças, mas também pode persistir na idade adulta. O TDAH afeta o funcionamento social, acadêmico e ocupacional, e está associado a uma série de desafios no dia a dia.

Quais os sintomas?

Os sintomas do TDAH podem variar em intensidade e apresentação de pessoa para pessoa, mas geralmente são agrupados em três categorias principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Desatenção

  • Dificuldade em prestar atenção a detalhes, cometer erros descuidados em tarefas e manter o foco em atividades por longos períodos de tempo.
  • Dificuldade em seguir instruções e completar tarefas, especialmente aquelas que exigem esforço mental sustentado.
  • Tendência a evitar ou relutar em se envolver em tarefas que requerem concentração prolongada.
  • Esquecimento frequente de compromissos, tarefas e responsabilidades cotidianas.
  • Perda de objetos necessários para tarefas e distração por estímulos externos facilmente.

Hiperatividade

  • Inquietude constante, dificuldade em ficar sentado ou quieto em situações nas quais isso é esperado, como na escola ou em reuniões.
  • Sensação interna de inquietação ou agitação, dificuldade em relaxar ou ficar parado.
  • Tendência a falar excessivamente e de forma impulsiva, interrompendo outras pessoas ou monopolizando conversas.
  • Participação em múltiplas atividades simultaneamente, pulando de uma tarefa para outra sem completar nenhuma delas.

Impulsividade

  • Dificuldade em esperar sua vez, interrompendo os outros e se intrometendo em conversas ou atividades.
  • Tomada de decisões impulsivas sem considerar as consequências a longo prazo.
  • Respostas emocionais rápidas e intensas a estímulos externos, dificuldade em regular emoções.
  • Dificuldade em controlar impulsos, resultando em comportamentos precipitados ou arriscados.

Quais as causas?

As causas exatas do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) não são completamente compreendidas, mas sabe-se que uma combinação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais desempenha um papel importante no desenvolvimento da condição. Algumas das principais teorias sobre as causas do TDAH são:

Fatores Genéticos

Estudos familiares e de gêmeos sugerem fortemente que o TDAH tem uma base genética significativa. Pesquisas mostraram que parentes de primeiro grau de pessoas com TDAH têm um risco aumentado de desenvolver a condição. Vários genes foram associados ao TDAH, incluindo genes relacionados à regulação da dopamina, um neurotransmissor que desempenha um papel importante na atenção, motivação e função executiva.

Fatores Neurobiológicos

O TDAH está associado a diferenças na estrutura e função do cérebro. Estudos de neuroimagem mostraram que pessoas com TDAH têm diferenças na atividade e conectividade de áreas cerebrais envolvidas no controle da atenção, impulsividade e função executiva, como o córtex pré-frontal e o sistema de recompensa do cérebro.

Fatores Ambientais

Embora o papel dos fatores ambientais no desenvolvimento do TDAH seja menos claro do que os fatores genéticos e neurobiológicos, alguns fatores ambientais podem aumentar o risco de desenvolver a condição. Isso pode incluir exposição a toxinas ambientais durante a gravidez, como tabaco, álcool ou poluentes do ar, complicações durante a gravidez ou parto, exposição a substâncias tóxicas ou dieta inadequada durante a infância.

Lesões Cerebrais e Condições Médicas Subjacentes

Algumas lesões cerebrais durante o desenvolvimento fetal ou na infância, como traumatismo cranioencefálico, infecções cerebrais ou condições médicas subjacentes, como distúrbios do sono, distúrbios metabólicos ou deficiências nutricionais, podem estar associadas ao desenvolvimento do TDAH em alguns casos.

Fatores Psicossociais

Fatores psicossociais, como estresse familiar, instabilidade familiar, baixo nível socioeconômico ou experiências traumáticas na infância, podem desempenhar um papel no desenvolvimento ou exacerbação dos sintomas do TDAH em algumas pessoas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico clínico do TDAH é fundamental para a implementação de estratégias terapêuticas adequadas. Não há um teste único para diagnosticar o TDAH, e o processo geralmente envolve uma avaliação abrangente que inclui histórico médico, avaliações de comportamento fornecidas por pais, professores e, quando possível, o próprio paciente. Instrumentos como questionários e escalas padronizadas são comumente utilizados. A avaliação neuropsicológica pode auxiliar no diagnóstico e na formulação de planos de tratamento personalizados e terapia cognitivo comportamental.

Tem cura?

Atualmente, não existe uma cura definitiva para o Transtorno de Déficit de Atenção (TDA).

Quais os tratamentos?

O tratamento do TDAH geralmente envolve uma combinação de terapias farmacológicas e não farmacológicas.

Tratamento farmacológico

Medicamentos estimulantes, como o metilfenidato e outros anfetamínicos, podem ser eficazes, melhorando a atenção e reduzindo a hiperatividade e impulsividade. Medicamentos não estimulantes como atomoxetina e alguns antidepressivos também podem ser utilizados.

Tratamento não farmacológico

Intervenções não farmacológicas incluem terapia comportamental, que pode ajudar a desenvolver habilidades de gerenciamento de tempo, organização e planejamento. Suporte educacional personalizado e modificação ambiental, como minimizar distrações, são igualmente importantes. Terapias psicossociais e treinamento de habilidades sociais também são essenciais para ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar as interações sociais.

É importante ressaltar que o tratamento do TDAH é altamente individualizado e pode evoluir ao longo do tempo à medida que as necessidades da pessoa mudam. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a desenvolver habilidades de enfrentamento eficazes, gerenciar seus sintomas e alcançar seu potencial máximo em todas as áreas da vida. Trabalhar em colaboração com profissionais de saúde qualificados é fundamental para desenvolver um plano de tratamento personalizado que atenda às necessidades específicas da pessoa com TDAH.

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