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Enxaqueca

A Enxaqueca é uma condição neurológica complexa, que se manifesta através de intensas dores de cabeça pulsantes, frequentemente acompanhadas por náuseas, vômitos, e sensibilidade à luz e ao som. Estima-se que 14% a 15% da população mundial seja afetada por esta condição.

Abaixo, conheça mais detalhes sobre esta condição.

Nesta página, você vai saber:

O que é Enxaqueca?

A Enxaqueca é uma condição neurológica complexa, e também é um tipo comum de Cefaleia.

Existem vários tipos de Enxaqueca, que são caracterizados por ataques recorrentes de dor de cabeça pulsátil, muitas vezes unilateral, que podem durar de algumas horas a vários dias. Além da dor de cabeça, os pacientes frequentemente experimentam sintomas como náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia), bem como distúrbios visuais, como aura em alguns casos.

A Enxaqueca pode ser debilitante, interferindo significativamente nas atividades diárias e na qualidade de vida do paciente. Enxaquecas podem ser esporadicas ou crônicas, ocorrer isoladamente ou associadamente a outros tipos de Cefaleias.

Quais os tipos, sintomas e suas causas?

Enxaqueca sem Aura

Este é o tipo mais comum de enxaqueca. Os indivíduos experimentam episódios de dor de cabeça que duram de 4 a 72 horas, acompanhados de náusea, vômito, fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (sensibilidade ao som). A causa exata é desconhecida, mas acredita-se que envolva alterações no cérebro, incluindo flutuações nos níveis de neurotransmissores e inflamação dos vasos sanguíneos.

Enxaqueca com Aura

Cerca de 20% das pessoas com enxaqueca experimentam uma “aura” antes do início da dor de cabeça. A aura é um conjunto de sintomas neurológicos, geralmente visuais, que podem incluir visão de pontos cegos, linhas ziguezagueantes ou flashes de luz. Também podem ocorrer sintomas sensoriais ou de fala. Acredita-se que a aura seja causada por uma onda de atividade elétrica que se move através do córtex cerebral, conhecida como depressão alastrante cortical.

Enxaqueca Crônica

A enxaqueca crônica é definida por dores de cabeça que ocorrem em 15 ou mais dias por mês, por mais de três meses, das quais pelo menos 8 dias são com dor de cabeça com características de enxaqueca. Pode evoluir a partir da enxaqueca episódica, possivelmente devido ao uso excessivo de medicamentos para dor de cabeça, estresse, distúrbios do sono e outros fatores.

Enxaqueca Hemiplégica

Este tipo raro de enxaqueca é caracterizado por fraqueza temporária em um lado do corpo, acompanhada ou seguida por dor de cabeça. Pode ser confundida com um acidente vascular cerebral. A enxaqueca hemiplégica é frequentemente hereditária, causada por mutações genéticas que afetam o transporte de íons através das membranas das células nervosas.

Enxaqueca Vestibular

Este tipo de enxaqueca inclui tontura como um sintoma proeminente, além dos sintomas típicos de enxaqueca. A causa exata é desconhecida, mas pode estar relacionada a disfunções no ouvido interno ou em áreas do cérebro responsáveis pelo processamento de informações sensoriais.

Enxaqueca Menstrual

Esta forma de enxaqueca está diretamente relacionada às flutuações hormonais do ciclo menstrual feminino, particularmente à diminuição dos níveis de estrogênio antes da menstruação. A enxaqueca menstrual pode ocorrer com ou sem aura.

Quais os fatores desencadeadores comuns?

Embora as causas específicas variem, existem vários fatores desencadeadores comuns a muitos tipos de enxaqueca, incluindo:

  • Alterações hormonais, especialmente em mulheres.
  • Estresse psicológico.
  • Mudanças no padrão de sono.
  • Jejum ou pular refeições.
  • Alimentos específicos e aditivos alimentares.
  • Condições meteorológicas ou alterações de pressão atmosférica.
  • Luzes brilhantes, odores fortes ou ruídos altos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da enxaqueca é principalmente clínico, baseado na história médica do paciente e nos sintomas relatados. Não existe um teste específico para confirmar a enxaqueca; em vez disso, o diagnóstico é feito após uma avaliação detalhada para excluir outras causas potenciais de dor de cabeça e para identificar as características típicas da enxaqueca. O processo de diagnóstico envolve várias etapas:

Histórico Médico

O primeiro passo é uma discussão detalhada sobre os sintomas do paciente, incluindo a natureza da dor de cabeça, localização, duração, frequência, sintomas associados (como náusea, vômito, sensibilidade à luz e ao som, ou aura), e quaisquer fatores desencadeantes ou aliviadores. O médico também pode perguntar sobre o histórico médico familiar de enxaqueca, já que a condição muitas vezes tem uma componente genética.

Diário de Dor de Cabeça

Pode ser solicitado aos pacientes que mantenham um diário de dor de cabeça, registrando quando as dores de cabeça ocorrem, sua intensidade, duração, quaisquer sintomas associados, medicamentos utilizados e possíveis gatilhos. Este diário pode ajudar a identificar padrões e gatilhos específicos, além de ser útil na avaliação da eficácia do tratamento.

Exame Físico e Neurológico

Um exame físico e neurológico completo é realizado para avaliar a saúde geral do paciente e identificar quaisquer sinais de condições que possam estar causando os sintomas. Isso pode incluir a verificação dos sinais vitais, a realização de um exame neurológico detalhado para testar a força muscular, os reflexos, a coordenação, o equilíbrio, a sensação e as funções cerebrais.

Critérios Diagnósticos

Os médicos geralmente utilizam os critérios estabelecidos pela Sociedade Internacional de Cefaleia (International Headache Society – IHS) para diagnosticar a enxaqueca. Por exemplo, para um diagnóstico de enxaqueca sem aura, um paciente deve ter tido pelo menos cinco ataques que duram de 4 a 72 horas e apresentar pelo menos duas das seguintes características: dor unilateral, pulsação, dor de intensidade moderada a severa, e agravamento pela atividade física rotineira, além de pelo menos um dos seguintes: náusea e/ou vômito, fotofobia e fonofobia.

Exames Complementares

Embora não existam exames específicos para diagnosticar a enxaqueca, testes adicionais podem ser realizados para descartar outras causas de dor de cabeça. Isso pode incluir exames de sangue, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) do cérebro, e punção lombar (em casos muito específicos e raros), especialmente se houver características atípicas ou sintomas preocupantes, como uma mudança abrupta no padrão da dor de cabeça ou sintomas neurológicos severos.

Enxaqueca tem cura?

Não. No entanto, existem várias estratégias de tratamento eficazes que podem ajudar a gerenciar os sintomas, reduzir a frequência e a severidade dos episódios de enxaqueca, e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Quais os tratamentos?

Tratamento farmacológico

O tratamento farmacológico das Enxaquecas geralmente envolve duas abordagens: aguda e preventiva.

  • Fase aguda: os medicamentos incluem analgésicos simples, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e triptanos, que são específicos para enxaquecas e ajudam a aliviar a dor e outros sintomas associados.
  • Preventiva: o tratamento preventivo é destinado a reduzir a frequência e a gravidade dos ataques e pode incluir o uso de medicamentos como betabloqueadores, anticonvulsivantes, antidepressivos e antagonistas dos receptores de CGRP.

Tratamento não farmacológico

Além dos tratamentos farmacológicos, terapias não farmacológicas como terapia cognitivo-comportamental, biofeedback, acupuntura, exercícios de relaxamento e mudanças no estilo de vida, como dieta e gestão do estresse, podem ser eficazes na prevenção e no manejo das enxaquecas.

Perguntas frequentes

Qual o CID para Enxaqueca?

O Código Internacional de Doenças (CID-10) para Enxaqueca é G43. Esse código inclui várias formas de enxaqueca, como:

  • G43.0: Enxaqueca com aura (clássica), onde os sintomas neurológicos precedem a dor de cabeça.
  • G43.1: Enxaqueca sem aura (comum), que é a forma mais frequente de Enxaqueca, sem sinais neurológicos prévios.
  • G43.2: Estado de mal enxaquecoso, que é uma crise de Enxaqueca prolongada.
  • G43.3: Enxaqueca complicada, que pode ser acompanhada por sintomas neurológicos persistentes.
  • G43.8: Outras enxaquecas especificadas.
  • G43.9: Enxaqueca não especificada.

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