O Declínio Cognitivo, uma preocupação crescente em uma sociedade que valoriza a longevidade e a qualidade de vida, afeta milhões globalmente, manifestando-se através da diminuição da capacidade de pensar, recordar e tomar decisões. É um precursor potencial de condições mais graves, como a Demência e a doença de Alzheimer.
A seguir, obtenha as principais informações sobre esta condição.
O declínio cognitivo é um termo usado para descrever uma redução gradual nas habilidades cognitivas, como memória, atenção, raciocínio, linguagem e tomada de decisões, que ocorre com o envelhecimento ou como resultado de uma condição médica. É importante destacar que o declínio cognitivo é uma parte normal do processo de envelhecimento, mas pode variar significativamente de pessoa para pessoa em termos de gravidade e impacto nas atividades diárias.
O declínio cognitivo leve (DCL) é uma condição em que os sintomas de declínio cognitivo são percebidos, mas não são graves o suficiente para interferir significativamente nas atividades diárias ou no funcionamento independente. Pode envolver esquecimento leve, dificuldade ocasional em encontrar palavras ou nomes, menor capacidade de concentração e atenção, e dificuldade em realizar tarefas cognitivamente exigentes.
O declínio cognitivo mais grave pode ser um sintoma de condições médicas subjacentes mais sérias, como a doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Nestes casos, o declínio cognitivo pode ser progressivo e afetar significativamente a capacidade da pessoa de realizar atividades diárias, manter relacionamentos e cuidar de si mesma.
As causas exatas do declínio cognitivo ainda não são completamente compreendidas, mas fatores genéticos, idade avançada e histórico familiar podem desempenhar um papel significativo no seu desenvolvimento.
O diagnóstico das demências em geral envolve uma avaliação clínica abrangente, incluindo exames físicos, neuropsicológicos e de imagem cerebral. Avaliação laboratorial direcionada é importante para descartar causas tratáveis de demência como o hipotiroidismo, deficiências de vitamina B12, infecções, etc. Exames de imagem por tomografia computadorizada, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons (PET-TC) para avaliação de metabolismo ou deposição de proteínas amiloides podem ser utilizados em pacientes selecionados, caso a caso.
Avaliação neuropsicológica e ferramentas digitais padronizadas para avaliação cognitiva, como o teste Altoida, são úteis para avaliação.
Algumas formas de declínio cognitivo podem ser reversíveis com o tratamento da causa subjacente, como deficiências nutricionais ou distúrbios metabólicos. Outras formas associadas a doenças neurodegenerativas atualmente não têm cura definitiva. No entanto, o tratamento adequado e uma abordagem multidisciplinar podem ajudar a retardar a progressão da doença, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O tratamento farmacológico das demências em geral envolve o uso de medicamentos para ajudar a controlar os sintomas, como inibidores da colinesterase e antagonistas do receptor de NMDA. No entanto, esses tratamentos visam principalmente a gestão dos sintomas e não revertem a progressão da doença. Comumente são necessários medicamentos para controlar as alterações comportamentais como antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. O manejo de medicação e das terapias complementares (fisioterapia, terapia ocupacional, nutricional, etc..) deve ser individualizada a depender da disponibilidade do perfil de cada paciente.
Além do tratamento farmacológico, a reabilitação cognitiva e a neuromodulação não invasiva têm emergido como abordagens complementares no manejo das demências. A reabilitação cognitiva envolve programas estruturados para melhorar habilidades cognitivas específicas, como memória e atenção, através de exercícios mentais e estratégias de compensação. A Neuromodulação não invasiva, como a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) e a estimulação magnética transcraniana (EMT) por sua vez, são opções seguras que têm sido crescentemente estudadas em contexto de declínio cognitivo como opção terapêutica complementar ao tratamento farmacológico convencional, visando a melhora da sintomatologia cognitiva e comportamental em casos de doença de Alzheimer. A EMT e a ETCC são consideradas “off-label” e não fazem parte dos guidelines de tratamento das demências, contudo, dada os elevados padrões de segurança e das limitações dos tratamentos farmacológicos convencionais, tem sido utilizada como opção terapêutica na Glia Neurologia e Neuromodulação, em que oferecemos, de forma integrada a abordagem farmacológica convencional aliada as técnicas de neuromodulação.
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