Neuromodulação é um tratamento que, por meio da aplicação de estímulos eletromagnéticos ou elétricos em lugares específicos do sistema nervoso, altera e/ou corrige desequilíbrios no nível de atividade dos neurônios estimulados.
Que tal uma analogia para entender melhor?
Imagine que o cérebro é uma cidade cheia de ruas (os neurônios) e carros (os sinais elétricos), que trafegam por essas ruas. Às vezes, o tráfego pode ficar congestionado ou os carros podem não seguir na direção certa.
A Neuromodulação é como um sistema de semáforos inteligentes que ajuda a controlar o tráfego, garantindo que os carros se movam de maneira suave e eficiente. Esses “semáforos” são os dispositivos que enviam sinais elétricos para certas partes do cérebro, ajudando a corrigir problemas de comunicação entre os neurônios. Isso pode ajudar a melhorar o funcionamento do cérebro.
Portanto, a Neuromodulação, ao permitir que os sinais elétricos cheguem aonde precisam, de forma organizada e eficiente, ajuda o cérebro a funcionar melhor.
A Neuromodulação reequilibra a atividade elétrica dos neurônios e, com isso, promove o alívio dos sintomas e retarda a evolução de disfunções neurológicas e psiquiátricas.
Sim. Diversos estudos têm demonstrado que as técnicas de Neuromodulação são eficazes no tratamento de fibromialgia, sequelas de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), traumatismos crânio-encefálicos (TCEs), distúrbios de movimento, ataxias cerebelares, disfunções de memória e cognição.
Os tratamentos não invasivos para a depressão uni ou bipolar, a dor crônica e o planejamento cirúrgico com a Estimulação Magnética Transcraniana são aprovados pelo CRM. Além da depressão, outros transtornos de humor, como a ansiedade e o stress pós traumático também respondem à Estimulação Magnética Transcraniana.
As técnicas de Neuromodulação podem ser:
Neuromodulação não invasiva é um conjunto de técnicas usadas para alterar a atividade cerebral, sem a necessidade de cirurgia. Representam uma evolução em relação às técnicas invasivas, que são utilizadas, atualmente, apenas quando os métodos não invasivos não conseguem fornecer a estimulação suficiente ou quando são necessários tratamentos mais específicos.
A aplicação destas técnicas é indolor, não requer anestesia, nem mudança da rotina de quem as recebe.
Na Glia, trabalhamos apenas com técnicas de Neuromodulação não invasivas
As principais técnicas não invasivas, e com as quais trabalhamos na Glia são:
Há ainda as técnicas Estimulação Transcraniana por Corrente Alternada (tACS), Estimulação Transcraniana por Ruído Aleatório (tRNS) e Estimulação Elétrica Craniana (CES).
As técnicas de neuromodulação não invasivas são seguras. Seus efeitos colaterais são mínimos ou inexistentes.
A Neuromodulação não invasiva está indicada para tratar condições como:
A aplicação da Neuromodulação não invasiva é contra indicada para pessoas que tenham implantes metálicos ou atividade epiléptica não controlada, que podem impedir a aplicação da estimulação.
As etapas do tratamento de Neuromodulação são:
Avaliação Inicial:
Planejamento do Tratamento:
Sessão de Teste:
Sessões de Tratamento:
Avaliação Contínua:
Conclusão e Seguimento:
O número de sessões e a frequência varia porque é definida com base na condição clínica e nas necessidades do paciente.
As sessões de Neuromodulação não invasiva duram em torno de 30 minutos cada.
Psiquiatras: como muitos tratamentos de neuromodulação são utilizados para condições psiquiátricas, psiquiatras treinados nessas técnicas também podem aplicá-las.
Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais: em alguns contextos, especialmente em reabilitação neurológica, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais com treinamento específico em neuromodulação podem realizar esses tratamentos.
Técnicos Especializados: alguns centros de tratamento empregam técnicos ou operadores especializados que, sob supervisão médica, realizam as sessões de neuromodulação. Esses técnicos devem ter treinamento específico e seguir protocolos estabelecidos.
É importante que qualquer profissional que aplique técnicas de neuromodulação tenha treinamento específico na tecnologia usada, compreenda as indicações e contraindicações do tratamento, e seja capaz de monitorar e responder a quaisquer efeitos adversos que possam ocorrer durante as sessões. Além disso, a supervisão médica é essencial para garantir a segurança e eficácia do tratamento.
A Neuromodulação surgiu como um campo de tratamento médico a partir da necessidade de abordar condições neurológicas e psiquiátricas de maneira mais direcionada e menos invasiva. A evolução desse campo é resultado de décadas de pesquisa em neurociência, tecnologia médica e engenharia biomédica.
Início do Século XX: As primeiras tentativas de modulação elétrica do cérebro remontam ao início do século XX, quando cientistas começaram a explorar os efeitos da estimulação elétrica no sistema nervoso.
Década de 1960: O conceito de neuromodulação começou a ganhar forma com o desenvolvimento de técnicas como a estimulação cerebral profunda (DBS), inicialmente utilizada para tratar a dor crônica e posteriormente aplicada em condições como a doença de Parkinson.
Década de 1980 e 1990: A estimulação magnética transcraniana (EMT) foi desenvolvida como uma técnica não invasiva, utilizando campos magnéticos para induzir correntes elétricas no cérebro. Essa técnica começou a ser explorada para tratar depressão, alucinações auditivas e outras condições psiquiátricas.
Progresso Tecnológico: Com os avanços tecnológicos, as técnicas de neuromodulação tornaram-se mais precisas e seguras. Isso permitiu uma expansão nas aplicações clínicas e um aumento no interesse pela pesquisa em neuromodulação.
Atualidade: Hoje, a neuromodulação é usada para tratar uma ampla variedade de condições, incluindo depressão resistente ao tratamento, epilepsia, dor crônica, e reabilitação após lesões cerebrais, entre outras.
A contínua pesquisa e inovação no campo da Neuromodulação prometem expandir ainda mais suas aplicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Neuromodulação e Neurofeedback são abordagens distintas para tratar condições neurológicas e psiquiátricas. A Neuromodulação envolve técnicas que alteram diretamente a atividade neural através de estímulos elétricos ou magnéticos, como a Estimulação Magnética Transcraniana e a Estimulação Cerebral Profunda, visando tratar condições como depressão e epilepsia. Por outro lado, o Neurofeedback utiliza medições em tempo real da atividade cerebral, geralmente via EEG, para ensinar o indivíduo a autorregular sua atividade cerebral, sendo útil para tratar transtornos de atenção e ansiedade. Enquanto a Neuromodulação é uma intervenção ativa com estímulos diretos, o Neurofeedback é uma intervenção passiva que promove a autorregulação através de feedback.
Conheça as técnicas não invasivas com as quais trabalhamos:
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